quarta-feira, 31 de outubro de 2007




Quandos Nossos tambores zuou.
E a dama de passo virou
Meu estandarte virou por que sou Nação Nagô
Vem Nação Estrelha brilhante cantar
Bate forte nossos tambores
Rufa caixa, mineira e ganza
Joventina, Erondina não deicha o tambor se calar.





GRUPO DE PESQUISA E ESTUDOS RITMICOS CAPIVARA



Ao som de:
Dazaranha - Café com cigarro.



Paz e Luz!

terça-feira, 30 de outubro de 2007





"Tente penetrar, com os nossos meios limitados, os segredos da natureza. Você vai descobrir que, por trás de todas as concatenações discerníveis, há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião. Até certo ponto, de fato, eu sou religioso".





Um tanto nostalgico esá semana.





Paz e Luz!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007




...não era peixe não era, era Iemanja a Rainha dançando a ciranda no meio do mar!




Segunda Feira:
Dia de Iemanja.




Bom inicio de semana.




Paz e Luz!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007





...se maré marejo a tua cabeça!!




Paz e Luz!


solllllllllllllllllllllllllll!!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007




Digo sem receio que conheço esse meio
Entre os balcões onde repousam garrafas
Com mesas servindo pra batucadas
Se responde as batidas com os calcanhares
É sempre aí que não deixo sobrar nada
Pisou macio com leveza gravitacional
A lâmina corria
A vista escurecia
E a multidão nem via
Se espremia toda a cidade
Caranguejo em praia, não faz bondade
Pisou macio com leveza gravitacional
Pisou macio com esperteza...
Sem medo, sem medo, sem medo...
Pisou macio com esperteza gravitacional
Pisou macio com leveza pra não se dar mal
Os ecos sentavam ao lado dos barracões
E as donas reverberando, virando os olhos
Com opniões
Nas quebradas com sua pastorinha no bolso
O caranguejo da Praia das Virtudes
Sem medo, sem medo, sem medo, sem medo...
Pisou macio com esperteza gravitacional.



E a garoa continua!



Ao som de:

ketchy shuby - Peter Tosh.




Paz e Luz!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007





Pensem nas crianças mudas,
telepáticas.
Pensem nas meninas cegas,
inexatas.
Pensem nas mulheres, rotas
alteradas.
Pensem nas feridas como rosas
cálidas.
Mas! Só não se esqueçam da
rosa, da rosa.
Da rosa de Hiroshima, a rosa
hereditária.
A rosa radioativa, estúpida
inválida.
A rosa com cirrose a anti-rosa
atômica.
Sem cor, sem perfume, sem rosa
Sem nada.

Vinicios de Morais.



Ao som de:
Rosa de Hiroshima - Secos e Molhados.



Paz e Luz!

terça-feira, 23 de outubro de 2007



O qui é Brasí Caboco?
É um Brasi diferente
do Brasí das capitá.
É um Brasi brasilêro,
sem mistura de instrangero,
um Brasi nacioná!

É o Brasi qui não veste
liforme de gazimira,
camisa de peito duro,
com butuadura de ouro...
Brasi caboco só veste,
camisa grossa de lista,
carça de brim da “polista”
gibão e chapéu de coro!

Brasi caboco num come
assentado nos banquete,
misturado cum os home
de casaca e anelão...
Brasi caboco só come
o bode seco, o feijão,
e as veiz uma panelada,
um pirão de carne verde,
nos dias da inleição
quando vai servi de iscada
prus home de posição.

Brasi caboco num sabe
falá ingrês nem francês,
munto meno o português
qui os outros fala imprestado...
Brasi caboco num inscreve;
munto má assina o nome
pra votar pru mode os home
Sê gunverno e diputado
Mas porém. Brasi caboco,
é um Brasi brasileiro,
sem mistura de instrangero
Um Brasi nacioná!

É o Brasi sertanejo
dos coco, das imbolada,
dos samba, dos vialejo,
zabumba e caracaxá!
É o Brasi das vaquejada,
do aboio dos vaquero,
do arranco das boiada
nos fechado ou tabulero!
É o Brasi das caboca
qui tem os óio feiticero,
qui tem a boca incarnada,
como fruta de cardoro
quando ela nasce alejada!

É o Brasi das promessa
nas noite de São João!
dos carro de boi cantano
pela boca dos cocão.

É o Brasi das caboca
qui cum sabença gunverna,
vinte e cinco pá-de-birro
cum a munfada entre as perna!
Brasi das briga de galo!
do jogo de “sôco-tôco”!
É o Brasi dos caboco
amansadô de cavalo!

É o Brasi dos cantadô,
desses caboco afamado,
qui nos verso improvisado,
sirrindo, cantáro o amô;
cantando choraro as mágua:
Brasi de Pelino Guedes,
de Inácio da Catingueira,
de Umbelino do Texera
e Romano de Mãe-d’água!

É o Brasi das caboca,
qui de noite se dibruça,
machucando o peito virge
no batente das jinela...
Vendo, os caboco pachola
qui geme, chora e soluça
nas cordas de uma viola,
ruendo paxão pru ela!

É esse o Brasi caboco.
Um Brasi bem brasilero,
sem mistura de instrangêro
Um Brasi nacioná!
Brasi, qui foi, eu tô certo
argum dia discuberto,
pru Pêdo Arves Cabrá.

Zé da Luz.

Hoje lendo o Jornal Santa Catarina na coluna do Grande Maicon Tenfen (que por sinal hj as 19:00 horas relança seu livro um Cadaver na banheira), Ele colocou um cordel do Zé da Luz...
Achei de uma grande iniciativa pois a alguns dias atras eu ja tinha postado um cordel aqui no Pirula da Cultura, com o intuito de mostrar o outro lado das poesias.

Parabens pro Maicon (se é que ele ve este humilde blog) por estar divulgando não só um poemas clássicos mais também os poemas de Cordeis e afins...

O link da coluna de hj do Maicon:
http://www.clicrbs.com.br/jornais/jsc/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=8656&template=&start=1§ion=Lazer&source=Busca%2Ca1654943.xml&channel=31&id=0&titanterior=&content=&menu=59&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=



Ao som de:
Luis Melodia - Não me quebro à toa.



Paz e Luz!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007




Odoiá!!!


Eram duas ventarolas
Duas ventarolas que sopravam sobre o mar
Eram duas ventarolas
Duas ventarolas que sopravam sobre o mar
Uma era Iansã, Ieparrê
A outra era Iemanjá, adoceáh
Uma era Iansã, Ieparrê
A outra era Iemanjá, adoceáh




Segunda feira dia de Iemanja.



Paz e Luz..

E um ótimo inicio de semana a todos!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007




"Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno."


Imortal Cecília Meireles.


Sexta Feira nublada.


Isso é arte?
Demonstrar o máximo de crueldade de um ser humano contra outra vida mesmo que está vida seja de um animal dito irracional?

http://www.marcaacme.com/blogs/analog/index.php/2007/08/22/5_piezas_de_habacuc

Pra quem não está acompanhando as exposições por ai a fora...
Este "artista" Costa Riquenho chamado Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão de rua faminto numa galeria de arte. O cão estava preso por uma corda curta próximo de um letreiro feito por ração de cachorro. Ninguém alimentou ou deu água ao cão que morreu durante a exposição. Guillermo Habacuc Vargas foi o "artista" escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008".
-->> Existe uma petição na internet onde é pedido que ele não receba este prémio.
Quem quiser assinar a petição deve acessar:
www.petitiononline.com/13031953/petition.html

Peço aos amigos que por aqui passam POR FAVOR assinar essa petição pois é um absurdo a arte virar meramente um show de crueldade.

Está vendo comentários sobre a exposição e um deles falava algo +- assim:
" A arte tem como fundamento tocar o ser humano, criar emoções adversas no homem..."

Você acredita que por essa nova "arte" seres possam ser mortos para chegar a tal ponto?


Ao som de:
Pedro Luis e a parede & Ney Matogrosso - Vida severina.



Paz e Luz!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007




"A imagem é uma criação pura do espírito.
Ela não pode nascer da comparação, mas da aproximação de duas
realidade mais ou menos remotas.
Quanto mais longínquas e justas forem as afinidades de duas realidades próximas, tanto mais forte será a imagem – mais poder emotivo e realidade poética ela possuirá..."



El desorden, la limpieza, la comida, la tristeza
mil cuadernos vacios, un cuaderno lleno sin sentido
buenos aires y paris, cajamarca, el sauce y su lago gris.
los stencil, los glue books, los mosaicos y todo el arte que no hice aun
las canciones, las bailadas, cerati y las rockeadas
el tequila, las tekila, mi perrito, mi familia
los sueños, los fracasos, las mentiras, los abrazos
los chicos, tontos y bonitos, los hombres feos e inalcanzables
el cafe, los buenos libros, la fotografia, el chocolate,
la luz del sol a la 1, la de la luna.
las revelaciones, epifanias, las recaidas, volver a las adicciones
los dolores sin pastillas, las cicatrices y moretones
que me importe lo que piensas, despues te mando a la mierda
la petit mort, la vie boheme.


Ao som de:
Chico Science e Nação Zumbi - Sobremesa


Paz e Luz!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007




Eu tô bem na minha altura
Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula
E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura
Fêmea soñadora, seus devaneios
Me faz ver através das portas
E até atravessar espelhos
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
Interado com fumaça ativa
Flutuando sem nenhuma esteira
Em plena menção sativa
Escaneando o dia
Revelando a seqüência inteira
Se ligando pelos olhos e ouvidos
Verdadeira Odisséia na cera
Sempre ativo na interzona
Janela viva e acesa
Via erva santa sem amônia
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
O vermelho e o amarelo
Na quentura do véu
A fumaça era grande
E sumia no céu
Iluminismo no dubismo dos zumbis
A Babilônia não está tão longe
Pela quantidade que se consome
O paraíso dessa vez vem logo
Como um lugar sem nome
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
- Nação Zumbi



Ao som de:
Tom Zé - Vai.



Paz e Luz aos Irmãos!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O inicio...





Começo este blog com o grande poeta chamado Zé da Luz!
Blog este que terá como intuito divulgar um outro lado da cultura que nos é mostrada...
Um novo olhar digamos lado B de tudo...

Sejam todos bem vindo!!!




Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.


A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.


A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.


Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.


A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.


Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.


Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.


Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!



Ao som de:
Hermeto Pascoal - Bebê.



Paz e Luz!