terça-feira, 1 de julho de 2008

Lindo!!!


Quando, à noite, o Infinito se levanta
À luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha táctil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!

Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta! 

Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado,
Nos paroxismos da hiperestesia,
O infinitésimo e o Indeterminado... 

Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o espaço com a minha plenitude!

Ao Luar de Augusto dos Anjos.

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