sexta-feira, 5 de setembro de 2008



Grande representante da cultura popular brasileira, Mestre Salu morreu no último domingo, aos 62 anos, no Recife. Manoel Salustiano Soares foi vítima de uma arritmia cardíaca provocada pelo mal de Chagas, doença que enfrentava há 20 anos. Considerado um dos precursores do manguebeat, o artista dedicou sua carreira à preservação de patrimônios como o forró, o maracatu, o mamulengo e a ciranda.

Rabequeiro, dançarino e artesão, Salu foi mestre de artistas como Chico Science, Siba e Lúcio Maia, da Nação Zumbi. Apesar de seu precoce envolvimento com a música, foi somente aos 54 anos - com 45 de carreira - que ele lançou seu primeiro disco, Sonho da Rabeca - com contracapa assinada pelo genial escritor Ariano Suassuna. Outros três álbuns completam sua curta, porém rica e interessante, discografia.

Nascido em Aliança, em Pernambuco, Mestre Salu apresentou sua arte não apenas ao Brasil, mas a países como Cuba, França, EUA e Bolívia. Sempre acompanhado por sua rabeca, o artista provou a força e a universalidade das manifestações populares do Nordeste. Pelo conjunto de sua obra, recebeu prêmios da Universidade Federal de Pernambuco e da Ordem do Mérito Cultural. Salustiano deixou mulher, 15 filhos e, certamente, uma imensurável contribuição à legítima música popular brasileira.


Axé!

Um comentário:

Unknown disse...

aaaaaaaaaaa não acredito =~
semana passada se eu não me engano, eu vi uma entrevista com ele. po muito animal!
que pena vai deixar saldades, ja não se fazem artistas como antigamente!